quinta-feira, 28 de junho de 2012

Retração de gengiva causa sensibilidade e deixa dentes suscetíveis a cáries e infecções




Muito comum na população mundial, sobretudo em idosos, a retração gengival é caracterizada pela perda de inserção das fibras gengivais em relação ao dente, provocando exposição da raiz dentária. O problema, que pode afetar um ou mais dentes, desenvolve-se lentamente e causa sensibilidade exagerada, dificuldade de higienização, comprometimento estético e maior suscetibilidade a cáries e infecções gengivais.

A retração gengival pode ter várias razões, mas, em geral, trata-se de uma alteração multifatorial. Os fatores que contribuem para a retração da gengiva são classificados em inflamatórios, mecânicos e iatrogênicos. São consideradas causas inflamatórias todas as doenças periodontais destrutivas de origem microbiológica, como por exemplo a placa bacteriana. Os fatores mecânicos dizem respeito a problemas ortodônticos, como apinhamento dentário, posição alta dos freios labiais e mau posicionamento lingual.

A iatrogenia (segundo o dicionário Aulete, “doença ou alteração patológica decorrente de medicamento ou tratamento médico”), por sua vez, merece destaque especial, pois está relacionada a efeitos colaterais resultantes de ações específicas que poderiam, muitas vezes, ser evitadas. A escovação inadequada, por exemplo, está entre os motivos mais comuns da retração gengival. Neste caso, ela se dá a partir da fricção exagerada durante a escovação. Isso acontece quando o paciente usa escova de dentes com cerdas muito duras ou aplica força em excesso. Nestas situações, o contato gera um traumatismo no tecido gengival, que se desloca e expõe a raiz.

Os fatores iatrogênicos também contemplam a presença de piercing bucal, hábitos prejudiciais à saúde oral, alterações geradas por movimentação ortodôntica, instalação de próteses dentárias, cirurgias ortognáticas e restaurações. Todos esses casos, ligados a procedimentos odontológicos, não necessariamente significam erro de conduta. Eles podem simplesmente ser consequências intrínsecas dos tratamentos, da mesma forma que a quimioterapia resulta em queda de cabelo nos pacientes que combatem o câncer, por exemplo.

O tratamento da retração gengival varia conforme as causas do problema. Em geral, os fatores causadores devem primeiramente ser removidos. Só depois inicia-se o procedimento de recobrimento da gengiva, que pode ser feito como enxerto de outra área saudável do tecido ou com uma resina restauradora. Nos casos em que os fatores causais não podem ser eliminados, o tratamento é apenas paliativo, amenizando a sensibilidade e suscetibilidade causadas pela retração.

Por fim, vale lembrar que a prevenção é a melhor forma de evitar a retração gengival. Para isso, cuide sempre da higiene oral sem exageros na força utilizada e visite o dentista regularmente, a fim de identificar possíveis causadores do problema antes que ele se agrave.

Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Descubra quais alimentos causam mau hálito




Caracterizada pela exalação de odores desagradáveis pela boca, a halitose é um dos problemas bucais que mais preocupam os pacientes, principalmente porque ela dificilmente é percebida pelos portadores do problema. Embora cause danos psicossociais a quem sofre com ela, a halitose não é uma doença, mas sim um sinal de que alguma parte do organismo está em desequilíbrio.

O mau hálito, portanto, não significa falta de higiene bucal e raramente está relacionado aos dentes. A língua e o trato gastrointestinal são os principais responsáveis pela halitose. O primeiro porque tende a acumular microrganismos e formar saburra, e o sistema digestivo por conta de alimentação com excesso de voláteis sulfurados (compostos de gases), que são convertidos em enxofre quando entram em contato com algumas bactérias comuns do sistema digestivo.

Os famosos vilões do mau hálito, cebola e alho, por exemplo, possuem moléculas de odor compostas de mercaptanos, um tipo de enxofre. Existem quatro categorias de alimentos que provocam estímulo das bactérias formadoras de enxofre: agentes secos, alimentos densos em proteínas, açúcares e alimentos ácidos.

O álcool é o agente seco mais comum, sendo base de diversas bebidas e utilizado na composição de alguns enxaguantes bucais. Ele é chamado agente seco porque contribui para o ressecamento da cavidade bucal, deixando-a desidratada e mais suscetível ao desenvolvimento de mau hálito.

Os alimentos densos em proteína, por sua vez, resultam em acúmulo de aminoácidos, que se tornam voláteis sulfurados pelas bactérias presentes na língua e garganta. Laticínios e carnes são os melhores exemplos dessa categoria.

Os açúcares e alimentos ácidos, por fim, são conhecidos combustíveis para a proliferação e reprodução de bactérias, incentivando a criação de compostos de enxofre e, consequentemente, do mau hálito.

Por isso, modere o consumo de alimentos como refrigerantes, bebidas alcoólicas e frutas cítricas e sempre escove cuidadosamente os dentes quando consumir queijos, leite, peixe, cebolas e alhos.

Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
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terça-feira, 26 de junho de 2012

Por que devo visitar o dentista a cada seis meses?




Muitos pacientes já conhecem bem – ou deveriam conhecer – aquela tradicional recomendação para que visitem o consultório odontológico com periodicidade semestral, no mínimo. Entretanto, boa parte das pessoas não entende a importância dessa regularidade e, por isso, negligencia essa recomendação e deixa para procurar a dentista apenas quando surgem os problemas bucais. Para esses pacientes, é necessário destacar que a avaliação periódica é o único método que garante o tratamento mais avançado que existe tanto na Odontologia quanto na Medicina: a prevenção.

Com visitas regulares à dentista, é possível que a profissional diagnostique problemas bucais ainda no início, garantindo que não se agravem, e identifique situações que favoreçam o desenvolvimento de novos problemas, como higienização inadequada. Assim, cáries, gengivites, periodontites e demais doenças dentárias têm a evolução estagnada e tratamento precoce, dispensando a necessidade de tratamentos mais profundos, como restaurações, extrações e tratamento de canal.

O câncer de boca é outra doença que pode ser diagnosticada precocemente caso o paciente seja acompanhado com regularidade. A identificação de lesões pode ser feita muito antes de evoluírem para metástases, o que melhora significativamente o prognóstico, além de aumentar as chances de cura. Vale lembrar que esse tipo de câncer está entre os cinco tipos que mais acometem a população brasileira e tem relação direta com o tabagismo.

No caso da ortodontia, o diagnóstico precoce das má formações dentárias também é fundamental para que o tratamento seja menos demorado e dolorido do que os casos diagnosticados em estágio avançado ou visível. Além disso, a manutenção prévia da saúde bucal favorece o tratamento ortodôntico, que pode ser iniciado assim que o problema é identificado, sem necessidade de atrasar a instalação do aparelho fixo para a correção de outros problemas bucais.

Outros tratamentos, como clareamento dentário e instalação de próteses, tornam-se mais duradouros quando acompanhados periodicamente pela dentista. Nesses casos, a manutenção evita que o paciente tenha de passar novamente pelo tratamento.

Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Adultos podem ter dentes de leite?




Nos humanos, o desenvolvimento dentário se inicia ainda durante a fase embrionária da gestação (da primeira à oitava semana após a fecundação), e os dentes se tornam visíveis na boca a partir do sexto mês após o nascimento. Estes são os famosos dentes de leite, chamados pela Odontologia de dentição decídua. Eles costumam cair naturalmente por volta dos seis anos de idade. Em seu lugar, nascem os dentes permanentes.

A dentição decídua é ligeiramente menor que a permanente. Ela é formada por 20 dentes, contra os 28 ou 32 da dentição adulta (o número varia conforme a presença dos sisos, que podem ou não nascer). Enquanto os permanentes se desenvolvem, a raiz dos dentes de leite vai sendo reabsorvida até que o dente acabe sem suporte, ficando mole e caindo em seguida. Este é um processo natural do crescimento humano, mas só acontece na presença do permanente para substituí-lo.

Contudo, há casos em que um ou mais dentes permanentes não se desenvolvem e, por isso, o processo de reabsorção da raiz não acontece. Assim, o paciente adulto apresenta dentes de leite entre os permanentes. Essa anomalia pode ser causada por diversos fatores, sendo a hereditariedade o principal deles.

Se o dente estiver implantado ao osso mandibular, bem harmonizado com o restante da arcada dentária e o paciente não se incomodar com a aparência “infantil” do dente de leite, ele pode permanecer ali por toda a vida. Entretanto, o mais comum é que o dente amoleça, torne-se mais frágil ou seja pequeno demais em relação aos outros dentes, causando problemas mastigatórios e ortodônticos.

Por isso, o mais recomendado é que o dente de leite que não caiu seja extraído e substituído por um implante dentário, que reabilita permanentemente as funções de fonética, mastigação e estética da boca.

Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Conheça a história da pasta de dente



Embora muitos pacientes acreditem que a pasta de dente serve apenas para deixar um bom hálito após a escovação dental, o creme é um produto químico que cumpre papel fundamental para a saúde bucal, uma vez que seus compostos agem para eliminar a concentração de microrganismos, equilibrar a acidez da boca, fortalecer os dentes e remover a placa bacteriana.

A mais antiga referência já encontrada sobre o uso de pasta de dente está em um manuscrito egípcio datado do século IV a.C. O texto cita uma mistura de sal, pimenta, folhas de menta e flores de íris, indicando-o para a higienização da boca. Há manuscritos que mostram outras fórmulas, baseadas em ossos de animais, pó e urina, esfregadas nos dentes para limpá-los.

Apesar disso, a pasta de dente só se tornou popular após o século XIX. Até então, as escovas de dente eram geralmente utilizadas apenas com água ou com substâncias que causavam mais malefícios do que benefícios, como carvão, tijolo queimado, giz, mel e sal. O creme dental, da maneira como conhecemos hoje, foi inventado em 1850 pelo dentista americano Washington Wentworth Sheffield.

O grande avanço das pastas de dente aconteceu em 1955, quando a empresa Procter & Gamble (P&G) adicionou flúor ao seu produto. Com isso, ele se tornou o primeiro da história clinicamente reconhecido como capaz de prevenir cáries.

Hoje, o produto é disponibilizado em diversos sabores e em versões variadas, voltadas para funções específicas, como promover o clareamento dentário e aliviar a sensibilidade, por exemplo. Para escolher o mais apropriado, o ideal é consultar sempre o dentista.

Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
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Cabeça de pasta de dente


Essas tampas lindas e divertidas com certeza atrairão as crianças para a escovação.

Você substitui a tampa original por uma das cabeças: Dinossauro Rex ou o Cão Pete. A pasta sai pela boca do bichinho e para fechar é só encaixar a mão do bichinho na boca dele.





O produto é compatível com todos os tubos de creme dental padrão.

No Brasil ainda não encontrei para vender, mas tem disponível neste site e custa £3.95

terça-feira, 5 de junho de 2012

Entenda a diferença entre clareamento dental caseiro e de consultório



O clareamento dental é um dos tratamentos odontológicos mais procurados da atualidade. Ele é usado por dentistas há mais de cem anos, mas foi somente a partir de 1989, quando os doutores norte-americanos Van Heywood e Harald Heymann introduziram a técnica de clareamento caseiro, que o clareamento dental se tornou mais acessível.

Todas as pessoas podem clarear os dentes, mas as técnicas usadas variam de acordo com as causas do escurecimento dentário, a expectativa do paciente e o tempo disponível para que o tratamento dê resultado.

Existem dois tipos básicos de clareamento: o caseiro e o de consultório. O primeiro baseia-se no uso de moldes com uma solução clareadora, enquanto o último utiliza-se de fontes luminosas, como LEDs e lasers.

Não há determinação quanto a qual dos dois tipos de clareamento dental é mais eficaz. A principal diferença entre eles consiste na concentração da solução clareadora e no tempo de tratamento. Na técnica caseira, a porcentagem do gel clareador (peróxido de carbamida ou peróxido de hidrogênio) varia entre 4% e 15%, enquanto a técnica realizada em consultório oferece concentração mais alta: de 30% a 38%.

A técnica de clareamento dental caseiro costuma ser mais realizada por ser prática e barata. Apesar de poder ser feito em casa, este tratamento deve ser sempre realizado sob supervisão de um dentista profissional, que irá avaliar a evolução do clareamento e indicará a concentração correta de gel.

A técnica realizada em consultório, por sua vez, apresenta resultados mais rápidos, necessita de menos aplicações e elimina a necessidade de usar a moldeira — que não tem adaptação tão fácil. A desvantagem do clareamento em consultório é que, por usar maiores concentrações de gel, pode provocar sensibilidade nos dentes, além de irritação da gengiva e mucosas.

A durabilidade do resultado varia de acordo com as características de cada paciente e seu hábito alimentar, mas o clareamento pode durar até cinco anos. Após esse período, é necessária a manutenção ou até a realização de um novo tratamento.

Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
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