terça-feira, 18 de setembro de 2012

Higienização da língua evita desenvolvimento de saburra e halitose



A saburra lingual, também conhecida como língua branca, caracteriza-se pela formação de uma placa bacteriana na face dorsal da língua. Constituída de células mortas da boca, bactérias, muco, saliva e restos alimentares, a saburra pode apresentar coloração que vai desde o branco ao marrom.

A placa de saburra é formada quando há diminuição da produção de saliva ou descamação do tecido epitelial da mucosa bucal acima do normal. Essas situações podem ser geradas por uma ampla variedade de fatores, como respiração bucal, uso de enxaguantes bucais com álcool, ronco, uso de aparelhos ortodônticos e hábitos inadequados, como chupar os dedos ou morder a pele dos lábios.

A saburra é o principal causador da halitose, caracterizada pela exalação de odores desagradáveis pela boca. Isso porque a presença de placa bacteriana leva à fermentação dos alimentos e à consequente liberação de gases, como o enxofre, que causa mau cheiro. Por isso, torna-se essencial que a higienização bucal também contemple a limpeza da língua, tão fundamental quanto a escovação dental e o uso de fio dental.

É muito comum pacientes que relatam dificuldade na higienização da língua, uma vez que a utilização da escova nas partes mais ao fundo da boca costuma causar enjoos e ânsia de vômito. Por isso, aconselha-se utilizar um limpador de língua (foto) para garantir que a boca fique livre de placa bacteriana. Vale lembrar que a língua é como um carpete, onde há acúmulo de toda a sujeira da boca - inclusive a que saiu dos dentes.

Em paralelo à higienização inadequada, a produção insuficiente de saliva também influencia na formação de saburra lingual. A saliva é um agente natural de limpeza que combate os microrganismos. Por isso, sua presença é fundamental para a saúde bucal. O baixo fluxo salivar tem relação direta com alimentação incorreta. O paciente deve sempre estimular as glândulas salivares com mastigação correta e ingestão diária de dois litros de água.

Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Retração de gengiva causa sensibilidade e deixa dentes suscetíveis a cáries e infecções



Muito comum na população mundial, sobretudo em idosos, a retração gengival é caracterizada pela perda de inserção das fibras gengivais em relação ao dente, provocando exposição da raiz dentária. O problema, que pode afetar um ou mais dentes, desenvolve-se lentamente e causa sensibilidade exagerada, dificuldade de higienização, comprometimento estético e maior suscetibilidade a cáries e infecções gengivais.

A retração gengival pode ter várias razões, mas, em geral, trata-se de uma alteração multifatorial. Os fatores que contribuem para a retração da gengiva são classificados em inflamatórios, mecânicos e iatrogênicos. São consideradas causas inflamatórias todas as doenças periodontais destrutivas de origem microbiológica, como por exemplo a placa bacteriana. Os fatores mecânicos dizem respeito a problemas ortodônticos, como apinhamento dentário, posição alta dos freios labiais e mau posicionamento lingual.

A iatrogenia (segundo o dicionário Aulete, “doença ou alteração patológica decorrente de medicamento ou tratamento médico”), por sua vez, merece destaque especial, pois está relacionada a efeitos colaterais resultantes de ações específicas que poderiam, muitas vezes, ser evitadas. A escovação inadequada, por exemplo, está entre os motivos mais comuns da retração gengival. Neste caso, ela se dá a partir da fricção exagerada durante a escovação. Isso acontece quando o paciente usa escova de dentes com cerdas muito duras ou aplica força em excesso. Nestas situações, o contato gera um traumatismo no tecido gengival, que se desloca e expõe a raiz.

Os fatores iatrogênicos também contemplam a presença de piercing bucal, hábitos prejudiciais à saúde oral, alterações geradas por movimentação ortodôntica, instalação de próteses dentárias, cirurgias ortognáticas e restaurações. Todos esses casos, ligados a procedimentos odontológicos, não necessariamente significam erro de conduta. Eles podem simplesmente ser consequências intrínsecas dos tratamentos, da mesma forma que a quimioterapia resulta em queda de cabelo nos pacientes que combatem o câncer, por exemplo.

O tratamento da retração gengival varia conforme as causas do problema. Em geral, os fatores causadores devem primeiramente ser removidos. Só depois inicia-se o procedimento de recobrimento da gengiva, que pode ser feito como enxerto de outra área saudável do tecido ou com uma resina restauradora. Nos casos em que os fatores causais não podem ser eliminados, o tratamento é apenas paliativo, amenizando a sensibilidade e suscetibilidade causadas pela retração.

Por fim, vale lembrar que a prevenção é a melhor forma de evitar a retração gengival. Para isso, cuide sempre da higiene oral sem exageros na força utilizada e visite o dentista regularmente, a fim de identificar possíveis causadores do problema antes que ele se agrave.

Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Existe tonalidade certa para os dentes?






Para a maioria dos pacientes, a ideia de dentes perfeitos está pouco ligada à saúde bucal e mais associada a dentes extremamente brancos. Por isso, o clareamento dental é um dos tratamentos odontológicos mais procurados atualmente.

Embora as técnicas utilizadas para o clareamento sejam muito eficientes e praticamente livre de contraindicações, sempre há um limite para obtenção da cor, determinada por uma série de fatores. Entre eles, a resposta dos dentes ao tratamento e a própria cor natural da arcada de cada pessoa. Dentes absolutamente brancos são, portanto, uma meta impossível.

Não existe um sistema odontológico padrão para medir e determinar a tonalidade dos dentes, tampouco o quanto eles devem ficar brancos após o clareamento. Isso porque cada paciente possui uma cor natural para seus dentes, que geralmente combina com o tom da pele. Para a maioria das pessoas, essa tonalidade é levemente amarelada, e o clareamento nunca conseguirá ir além disso.

Por outro lado, existe um guia de tonalidades, comumente usado como referência para identificar diferentes níveis de escurecimento dentário. Em sua versão mais básica, esse guia divide a tonalidade dos dentes em uma graduação de quatro tons básicos: A (para marrom avermelhado), B (amarelo avermelhado), C (acinzentado) e D (cinza avermelhado).

Dentro de cada graduação existem diferentes níveis de escurecimento. Isso resulta em uma tabela detalhada, na qual pode-se identificar a tonalidade exata equivalente aos dentes de todos os pacientes.

Para a utilização do guia, basta simplesmente comparar a tonalidade atual do dente com as apresentadas na tabela e, a partir daí, estabelecer a meta desejada por cada paciente para o clareamento.

Vale lembrar, entretanto, que nem sempre essa meta será atingida, principalmente nos casos em que o paciente deseja uma mudança radical e instantânea. Em geral, a tonalidade do dente que passa pelo clareamento dentário varia de três a nove graduações (uma mudança de apenas duas graduações já é suficiente para proporcionar diferença visível no sorriso), sempre de acordo com os fatores limitantes de cada paciente.

Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Mitos de consultório: açúcar causa cáries?



Durante a infância, uma das primeiras coisas que aprendemos sobre saúde bucal é que o açúcar é o vilão da alimentação. Seu consumo estaria diretamente ligado à formação de cáries e, em casos mais extremos, à perda dental. Assim, a maioria das pessoas cresce acreditando plenamente que seus problemas bucais foram de fato causados pelo simples consumo de balas, sorvetes e outras guloseimas açucaradas.

Vale lembrar que a cárie é caracterizada pela deterioração do dente, provocada por uma série de lesões bacterianas. De modo simplificado, as bactérias presentes na boca consomem os restos alimentares existentes na cavidade oral em um processo de fermentação que libera ácidos. Estes ácidos atacam e dissolvem o esmalte dentário, gerando as lesões e formando a cárie.

Portanto, as cáries são formadas por bactérias, e não pelo açúcar. E o consumo de produtos derivados de açúcar não implica no aparecimento automático e natural de problemas bucais, como muitos pacientes acreditam. Na verdade, o que determina a ação das bactérias não é a alimentação, mas o tempo durante o qual os restos alimentares permaneceram em contato com os dentes e a própria disposição das bactérias.

Outro ponto que os pacientes precisam ter em mente é que as bactérias demoram, em média, 15 minutos para começar a agir dentro da boca. A partir daí, 20 segundos bastam para que o açúcar seja convertido em ácido, que age por cerca de meia hora na boca. Assim, uma grande quantidade de açúcar consumida de uma só vez pode ser menos prejudicial do que o consumo de pequenas quantidades ao longo do dia.

É necessário entender, ainda, que esses microrganismos não se alimentam exclusivamente de açúcar, mas de carboidratos em geral. Por isso, eliminar simplesmente o açúcar da dieta não garante uma boca livre de cáries.

O método mais eficaz de prevenção está sempre nos hábitos de higiene: deve-se escovar os dentes três vezes ao dia e usar fio dental regularmente. Em caso de ingestão de algum alimento com açúcar, procure escovar os dentes até 15 minutos após seu consumo.

Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
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